13 de jul. de 2010

03/07 Pér a Gyor a Dresden - 19km

No dia seguinte de manhã, ela veio me perguntar se eu topava voar de planador pois tinha um piloto que estava dando treinamento pra um pessoal e teria um tempo livre pra me levar junto num voo. Pensei por 1 segundo e aceitei, lógico! Fomos até um gramado imenso próximo da pista do aeroporto, que é o lugar de onde decolam os planadores. Pra quem não sabe (e eu não sabia até esse dia), o planador é um avião minúsculo e sem motor. Pra sair do chão, ele é puxado/guinchado por um cabo de aço que é controlado por um motor que fica a algumas centenas de metros distante, na pista. Quando eles ligam esse motor, o planador é puxado e começa a decolar e, assim que atinge uma altitude tal, o cabo é solto pelo piloto e o planador começa a..., hmmmmmm, planar. O nome do piloto era Tom e o cara era especialista em voos acrobáticos com planador. Ele me perguntou se eu queria um voo com ou sem emoção, ahahah... Eu disse com emoção. Não deu 10 segundos e o fdp começou a fazer umas manobras muito fortes, inclusive descendo de bico em direção ao chão, quando dá pra sentir a queda livre e a gravidade 0 e depois ele subiu 90 graus... A sensação é muito boa. Ele fez isso algumas vezes e depois tentou aumentar a altitude. É engraçado porque eu não sabia que um planador, por não ter motor, poderia subir além da altitude que estivesse mas aí ele me explicou que se você pega uma corrente de ar quente (thermic) dá pra subir, e muito. De 600m dá pra chegar a 1500m sem muito esforço. Não demos muita sorte então o voo durou só uns 20 minutos. Mas é comum durar 2, 3 horas. De qualquer forma, foi bom pra caralho!

Almocei e me despedi. A Katalin teve que viajar naquela tarde pro casamento de um amigo. Saí pra Györ, onde peguei um ônibus (Orangeways) pra Dresden (Alemanha). A parte boa do busão é que são 8 horas de viagem super agradáveis, ahahah... Passei por Bratislava (Eslovákia), Praga (Rep. Checa) e cheguei em Dresden às 2 e pouco da manhã do dia seguinte. O dia foi agitado, considerando que nas últimas 24 horas eu voei de planador, pedalei, cruzei 4 países, troquei 3 vezes de moeda, conversei 2 horas com um bielorusso no busão e cheguei finalmente em Dresden. Eu tinha conseguido um CS lá e, da estação, pedalei até o apto do Andreas, que é alemão mas morou no Brasil por 1 ano trabalhando numa ONG. Ele faz pedagogia em Dresden e fala português fluente. Acordei o cara de madrugada (foi mal, Andreas!) mas ele ainda teve saco e bom humor pra me receber super bem.



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