6 de jul. de 2010

23/06 Varaždin a Egeraracsa - 102km

Conforme minha previsão super otimista, eles deram cano. Esperei até as 8h15 no lugar combinado em frente ao mercado e nada deles aparecerem. Procurei um outro lugar pra tomar café e voltei pro apto. Arrumei as malas e a bike e antes de pegar a estrada passei em uma loja de bike pra dar uma limpada na transmissão, que estava muito seca e suja por causa da chuva na última viagem e aproveitei também pra trocar as sapatas de freio. O cara foi super legal, fez o serviço na hora, durou uns 20 minutos e não me cobrou nada. Quando eu disse que eu fazia questão de pagar, ele me disse num inglês tosco que era de graça mesmo e que essa era a colaboração dele com a minha viagem. Percebi que ele se sentiu feliz por poder ajudar e eu agradeci. Das poucas pessoas com quem eu conversei na Croácia, todas foram muito simpáticas e atenciosas comigo.

Meu destino era Egeraracsa, um vilarejo de 200 habitantes que ficava mais ou menos no caminho do Lago Balaton, meu próximo destino antes de Budapest. A passagem pela fronteira foi tranquila e dessa vez percebi muita diferença na aparência de tudo assim que entrei na Hungria. Não só a língua mas a arquitetura, as ruas, as pessoas. Tudo bem diferente da Croácia. A língua é muito estranha pra nós, não dá pra fazer ideia do que as pessoas estão falando, sem contar que é muito raro alguém falar inglês por aqui. Pela primeira vez na viagem me senti num lugar realmente diferente, não familiar. E acho que é  esse tipo de experiência que eu estava procurando por aqui! =) A estrada até Nagykanizsa (a primeira grande cidade entrando na Hungria) era bem movimentada e ruim, sem acostamento e com muito caminhão. Deu pra ter uma ideia de como seria pedalar até Budapest. Foi o pior país nesse sentido até agora. O asfalto costuma ser ruim e a maior parte das estradas não tem acostamento, apesar da sinalização ser sempre boa. Passei por Nagykanizsa e logo entrei numa estrada secundária e pedalei por mais 20km até a casa da Nóra em Egeraracsa. A casa e o vilarejo eram bem simples mas ela a irmã e a mãe me receberam com um churrasco (carne de porco), o que foi bem legal. Depois, com o sol quase se pondo, fomos de bike (eu e as duas irmãs) até o lago Kis-Balaton (pequeno Balaton), que fica perto da cidade mas praticamente não paramos ali, demos meia volta e voltamos pra casa. O lugar todo era INFESTADO de pernilongos, não só perto do lago mas na estrada também. Aliás, em toda a Hungria é assim, ahahahaha... Acho que é o calor nessa época do ano mas é um saco. Todo mundo carrega um repelente. Ficamos na varanda conversando um pouco antes de dormir, apesar da mãe e da irmã não falarem quase nada de inglês.



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