13 de jul. de 2010

08/07 Copenhagen a Helsingborg - 60km

Finalmente ia voltar a pedalar. Meu último dia pedalando entre cidades foi 5 dias atrás, entre Pér e Györ, na Hungria, e meu corpo parecia que estava sentindo falta disso. Acho também que se fico muito tempo sem pedalar perco o "embalo" da viagem, do dia-a-dia na estrada, da sequência acorda-pedala-descansa-come-pedala-dorme durante o dia. E percebi que a agitação das cidades grandes como Ljubljana, Budapest e Copenhagen corta um pouco esse clima tranquilo da viagem. Nas cidades grandes, parece que é a cidade que está passando por você porque tudo está em movimento: carros, bikes, pessoas... A cidade grande parece que empurra você, te obrigando a entrar no ritmo da vida por lá. Se você fica parado, dá pra sentir um certo desconforto, como se você não fizesse parte do lugar (e realmente não faço). Já nas cidades pequenas parece que é você que está passando por elas. Tudo é mais parado, como se estivesse ali só esperando você observar e interagir. Se você não se movimenta, as ruas e a vida na cidade parecem paradas no tempo. Então sempre que eu saí do centro de uma cidade grande rumo a outra cidade menor, tive uma sensação boa de estar deixando essa agitação pra trás e poder curtir mais a viagem no meu ritmo, na minha velocidade. Talvez por isso que gostei mais das cidades pequenas em toda a viagem até agora. Foram os lugares com as experiências mais interessantes, onde tirei mais fotos e onde me senti mais, digamos, integrado com vida por ali.

Saindo de Copenhagen, segui em direção ao norte, andando pelo litoral da Dinamarca, no sentido de Helsingør, cidade ainda na Dinamarca onde fica o porto do ferry que vai para Helsingborg na Suécia. O ticket custou uns 10 euros e a viagem dura 20 minutos bem tranquilos. Rapidinho eu estava na Suécia, meu décimo segundo país nessa viagem. De novo um país que não usa o euro, e lá vou eu tentar me acostumar com a conversão dos valores, ehehehhe... Aqui na Suécia até que vai ser fácil, já que a relação Euro x Coroa sueca (a moeda, não uma velhinha) é de 1 pra 10 então é só cortar um zero pra saber o valor aproximado em euro. Um sorvete custa 30 coroas, equivalente a 3 euros etc. Se você não tem essa conta na sua cabeça você pode acabar se confundindo e gastando muito mais que o que devia gastar, por isso é importante ficar por dentro. Na Hungria foi muito estranho porque a moeda de lá (forint) ainda usa vários zeros. Por exemplo, uma coca-cola custa 350 forints e muita coisa normalmente custa milhares de forints, o que exige um pouco de cálculo na hora de saber se tal coisa é cara ou barata. Sei que fiquei com uma nota de mil forints na minha carteira e tô me sentindo rico, ahahahha... Vou tentar trocar numa casa de câmbio depois, nem sei se eles aceitam.

Tentei acessar a internet na praça central mas todas as redes sem fio eram fechadas com senha. Procurei o centro de informações turísticas porque sei que lá sempre tem um jeito de acessar e deu certo. Vi que todos os pedidos pra me hospedar pelo CS aqui foram recusados, especialmente porque é o período de férias do pessoal por aqui, então muito gente está viajando ou já está recebendo alguém do CS. Acho que vou ter que enviar meus requests com mais antecedência pra tentar garantir um sofá nas próximas paradas. No fim fiquei num albergue em Laröd (um bairro de Helsingborg), pela módica quantia de 50 euros, pelo menos com café da manhã. O custo de vida aqui (e na Escandinávia em geral) é bem mais alto que na Europa continental e por isso espero usar o CS o máximo que puder. Ainda tenho um mês de viagem e não duvido que, se eu bobear, eu gaste nesse último mês quase o mesmo que gastei nos primeiros 2 meses juntos.



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