31 de mai. de 2010

29/05 San Bernardino

Acordei sem pressa já que era um dia pra descanso. Mas com a chuva não me animei muito pra andar pela cidade. E não há muita coisa pra fazer numa cidade de 120 habitantes. O albergue que eu fiquei se chama Capanna Genziana e parece com um casarão todo de madeira onde há um salão principal, onde é o restaurante, e uma área separada, onde ficam os quartos dos hóspedes. O dia inteiro passa gente gente pelo restaurante pra comer alguma coisa. Fiquei pela manhã só enrolando no quarto, esperando pelo horário do almoço. Com mais calma, comecei a reparar melhor em todas as instalações do albergue e percebi que o troço todo era bem simprão, tudo meio empoeirado, quebrado, abandonado e tals. Acho que quando cheguei no dia anterior o frio era tanto que nem reparei em nada disso. Quando fui almoçar, prestei atenção no pessoal que trabalhava na cozinha inclusive a tia que a era a dona do lugar. Preferi comer logo antes de pensar sobre a higiene da cozinha, limpeza e coisas desse tipo porque senão ia acabar desistindo. À tarde, fui no centro (?) da cidade e deixei minha bike numa loja de bikes pra que fizessem um pequeno ajuste porque a corrente estava começando a pegar no câmbio dianteiro. O senhor que me atendeu foi muito atencioso e aproveitou pra limpar toda a parte da transmissão. Enquanto isso, fui ao resturante do Eduardo, o português que é o dono do negócio lá junto com a esposa. Tomei um café e ficamos conversando um tempão sobre como é a vida na Suíça, sobre como ele mudou pra San Bernardino, sobre os turistas que passam por lá, sobre a administração do restaurante e de outros negócios deles e etc. Ele me pareceu um cara muito realizado, feliz, adaptado à vida e a cultura do povo suíço. Eles têm 2 filhos, que nasceram já na Suíça. Sempre que dá certo, eles viajam pra Portugal várias vezes por ano. Comentamos também sobre o hotel que estava hospedado e ele tirou sarro de mim, perguntando sobre a limpeza do lugar, ahahhahah... Eu disse que estava mesmo meio desconfiado e ele falou uma coisa engraçada: disse que nem sabia como um lugar como aquele ainda estava funcionando, não era nem um pouco parecido com o padrão suíço. E eu concordei!! rsrs Voltei ao albergue pra jantar de novo sem pensar muito. Pelo menos não passei mal depois. Deixei tudo pronto porque estava otimista quanto ao tempo do dia seguinte. a previsão dizia que faria sol, ideal pra atravessar o passo. Ainda no restaurante, o Eduardo me disse que não sabia se o passo estaria aberto pois ouviu dizerem que teve uma avalanche hoje e a polícia rodoviária teria fechado o passo pra fazerem a limpeza da pista. Um amigo do Eduardo (parece que todos os clientes conhecem ele por lá e são todos amigos) chegou a me oferecer uma carona no carro dele amanhã cedo caso o passo ainda esteja fechado. De carro é possível ir pelo túnel que atravessa o passo e já sai na rodovia lá embaixo perto de Splügen. O Eduardo também me disse que se eu precisasse ele me daria uma carona até lá. Claro que eu aceitei a ajuda, já que não queria ficar mais um dia parado por causa do clima/chuva/avalanche/terremoto/furacão/vulcão. E se eu pegasse a carona, iria perder de pedalar justamente a parte mais legal da região. Estou otimista pra amanhã. Oremos. rsrsrs

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